Pessoa explosiva e agressiva tem tratamento?
O transtorno explosivo intermitente é considerado um transtorno mental, assim como depressão, ansiedade, bipolaridade e vários outros. É determinado pela incapacidade de o ser humano gerir os impulsos agressivos, acarretando ataques de fúria.
Quando o indivíduo está em crise, costuma gritar, quebrar objetos, xingar, ficar violento, chorar, ficar perturbado. Quando a situação passa, se sentem envergonhados, depressivos e angustiados. Tudo isso ocorre por diferentes razões:
Explosões leves: ameaças, gestos obscenos, xingamentos, agressão física sem lesão corporal, geralmente duas vezes na semana em um trimestre;
Explosões severas: destrói sua casa, trabalho, provoca lesões corporais em outras pessoas em um tempo de um ano por motivos que não fazem sentido. Muitas vezes, amigos e familiares não entendem o que está acontecendo e consideram o doente uma pessoa ignorante, de “pavio curto”.
Nem sempre o diagnóstico do problema é fácil. Os psiquiatras precisam considerar o histórico do paciente e os relatos de seus familiares. Também são avaliados pelo profissional de medicina sintomas como:
ataque de raiva;
agressão física e verbal;
irritabilidade e impaciência;
reações descontroladas que causam a destruição de objetos;
aumento dos batimentos cardíacos;
impulsividade;
tensão muscular;
descontrole emocional;
tremores pelo corpo;
enxaqueca;
sudorese.
O que causa esse transtorno?
As causas desses ataques não são conclusivas, no entanto existem fatores que desencadeiam os distúrbios para que o paciente fique furioso, por exemplo:
Fatores ambientais: pessoas com esse diagnóstico costumam vir de famílias ou ambientes agressivos e consideram tal atitude normal;
Fatores genéticos: há outros indivíduos com os mesmos sintomas;
Fatores biológicos: a baixa produção de serotonina, o hormônio que traz prazer, felicidade, bem-estar, também desencadeia as crises.
Qual é o tratamento para esse transtorno?
O transtorno explosivo intermitente tem controle, porém não cura. Assim, o paciente precisa realizar acompanhamento psicológico a fim de se conhecer e aprender a controlar seus impulsos e a lidar com gatilhos para as crises.
Terapia
O psicólogo ensinará ao paciente como identificar situações que provocam sua fúria, de que forma isso pode ser evitado, e como controlar a intensidade dos ataques. Dessa maneira, o indivíduo terá mais autoconhecimento e autonomia, primará pela sua qualidade de vida e pela estabilidade emocional para ver sua existência prosperar com a terapia.
Medicamentos
Os medicamentos mais utilizados no TEI são os antidepressivos e os ansiolíticos. Eles têm o objetivo de estabilizar o emocional e os impulsos. Todavia, também são empregados antiepiléticos, estabilizadores de humor, antipsicóticos e betabloqueadores. Eles auxiliam na maioria dos casos.
Dra. Corina Camacho
MÉDICA • CRM/MG 54950
Graduação em Medicina pela Universidade José do Rosário Vellano – UNIFENAS – Alfenas, MG (2011)
Residência médica na Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto com ênfase em Psiquiatria – 2012
Instagram: @dra.corinacamacho
Endereço: Pça. Francisco Escobar, 201, Térreo – Conjunto 3 e 4 – Poços de Caldas – MG
Em frente ao ambulatório da Santa Casa
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