O Verão Invisível: Você sabe os riscos que o aumento da temperatura traz para sua saúde?
O calor aumenta o risco de desidratação e pode descompensar doenças crônicas — e, com o avançar da idade, isso se torna cada vez mais fácil de acontecer.
O verão costuma ser associado a dias agradáveis, viagens e convívio ao ar livre. No entanto, a estação pode esconder riscos importantes. Existe um “verão invisível”: O calor causa um impacto silencioso e importante no organismo que está envelhecendo, afetando a hidratação, o equilíbrio térmico e o controle de doenças crônicas. Com as mudanças naturais que acontecem ao longo do envelhecimento, o corpo fica menos preparado para enfrentar temperaturas elevadas — e entender esse processo é fundamental para prevenir complicações.
Por que o risco aumenta com a idade?
À medida que envelhecemos, o corpo passa por alterações que tornam a desidratação mais fácil e mais perigosa.
- Menor sensação de sede: Após os 50 anos, o cérebro demora mais para perceber a falta de água. Assim, mesmo desidratada, a pessoa pode não sentir sede suficiente para repor o que perdeu.
- Total da água corporal diminuída: O organismo naturalmente perde parte de sua água ao longo das décadas. Isso significa que qualquer perda hídrica tem impacto maior, favorecendo tonturas, fraqueza e queda de pressão.
- Rins menos eficientes: Com o envelhecimento, o corpo excreta mais água para eliminar a mesma quantidade de resíduos, acelerando a desidratação.
- Resposta térmica mais lenta: O organismo passa a demorar mais para regular a temperatura, dificultando a dissipação do calor e aumentando o risco de exaustão térmica.
Como o calor interfere nas doenças crônicas?
As altas temperaturas não causam apenas desconforto — elas afetam diretamente o equilíbrio das doenças mais comuns, principalmente nos 60+.
Hipertensão
O calor dilata os vasos sanguíneos e pode provocar quedas bruscas na pressão arterial, especialmente em quem usa diuréticos ou outros anti-hipertensivos.
Diabetes
A desidratação dificulta o controle da glicemia e pode causar picos de açúcar no sangue, aumentando o risco de descompensação.
Doenças cardíacas
Com a perda de líquidos, o coração precisa trabalhar mais para manter o fluxo sanguíneo adequado, o que pode gerar palpitações, fadiga e piora da doença.
Problemas renais
Temperaturas elevadas sobrecarregam os rins, aumentando o risco de lesão renal aguda, especialmente quando a hidratação não acompanha a perda hídrica.
Além disso, muitos medicamentos — como antidepressivos, anticolinérgicos, laxantes e diuréticos — podem interferir na capacidade do corpo de lidar com o calor, exigindo atenção especial no verão.
Atenção redobrada com idosos
Idosos, principalmente aqueles que necessitam de auxílio no dia a dia, têm riscos ainda maiores, devido a fatores como:
– não costumam pedir água;
– podem ter dificuldade para engolir grandes volumes;
– apresentam sinais discretos de desidratação, como confusão, irritabilidade, sonolência ou queda de pressão.
Muitas vezes, esses sinais passam despercebidos ou são confundidos com “cansaço” ou “fraqueza”, atrasando o cuidado adequado.
Como se proteger durante o verão? Principalmente os 60+
- Beba água regularmente — mesmo sem sede
A hidratação programada é a medida mais importante. Pequenos goles ao longo do dia funcionam melhor que grandes volumes de uma vez.
- Consuma alimentos ricos em água
Melancia, melão, laranja, pepino, água de coco e gelatina ajudam a complementar a hidratação.
- Evite lugares abafados ou exposição ao sol em horários muito quentes
Entre 10h e 16h, prefira ambientes ventilados, sombreados ou climatizados.
- Reduza bebidas que desidratam
Álcool, excesso de café e refrigerantes podem piorar a desidratação.
- Observe sinais de alerta
Urina escura, tontura, fraqueza, boca seca, palpitações e confusão mental requerem atenção imediata.
Para pessoas que dependem de auxílio:
- oferecer líquidos em intervalos regulares;
- usar copos adaptados ou espessantes, quando necessário;
- registrar o consumo diário;
- monitorar a cor da urina.
O “verão invisível” é real: o corpo envelhece e a capacidade de lidar com o calor diminui. Mas, com cuidados simples, hidratação adequada e atenção aos sinais do organismo, é possível aproveitar o verão com segurança, conforto e bem-estar, sem colocar a saúde em risco.
MÉDICO CREDENCIADO UNIMED
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Dr. José Otávio Júnior
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Graduação em Medicina pela Universidade de Vassouras – RJ
Especialização em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Federal de Pernambuco.
Especialização em Geriatria e Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas ( PUC-CAMPINAS)
Pós graduado em Gerontologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo-SP .
Pós graduado em Envelhecimento Saudável pela Faculdades BWS.
Membro da Sociedade Brasileira de Medicina de família e comunidade.
Membro da sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Quero ajudar você, no seu processo de envelhecimento.
Atuando de forma preventiva ou já nos cuidados específicos para o público 60+.
Minha missão é proporcionar saúde, bem-estar, longevidade preservando sua autonomia e sua independência.
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