Nem tudo são coisas da idade………..
O alerta que o Setembro Amarelo nos traz a respeito do envelhecimento…..
Muitas vezes, familiares, amigos e até profissionais de saúde interpretam sinais de tristeza, cansaço ou apatia principalmente em idosos como “coisas da idade”.
O que, à primeira vista, pode parecer apenas “coisa da idade” pode, na prática, comprometer gravemente a saúde. Esse olhar equivocado pode atrasar diagnósticos, aprofundar o sofrimento e, em casos mais graves, contribuir para o risco de suicídio.
O Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio, reforça a importância de olhar para a saúde mental da população, e isso inclui os idosos, que muitas das vezes não recebem a mesma atenção que as outras faixas etárias. Afinal, depressão, ansiedade e isolamento social não fazem parte do envelhecimento normal. São doenças que precisam de acolhimento e tratamento adequado e merecem atenção especial.
O isolamento social refere-se à redução de contato e de interações com familiares, amigos e a comunidade, enquanto a solidão é a sensação subjetiva de vazio ou desconexão, mesmo quando há pessoas ao redor. Embora estejam frequentemente interligados, são fenômenos diferentes. A solidão pode ou não estar associada ao isolamento real, e vice-versa.
Isso leva ao sentimento de perda do sentido da vida que é um dos principais fatores que afetam a saúde mental na terceira idade. Pode ocorrer diante da aposentadoria, da morte de pessoas próximas, do afastamento social ou de limitações físicas impostas por doenças crônicas.
“O idoso precisa saber e sentir que ainda é útil, que sua experiência e sua presença importam. Quando perde essa referência, abre-se espaço para um vazio perigoso, a solidão”. E desencadear a vários problemas como:
Efeitos na saúde mental:
- Depressão e ansiedade: Muitas vezes surgem com sintomas discretos e evoluem com tempo. Insônia não deve ser vista só como uma dificuldade de dormir. E sim um sintoma de algo mais profundo que pode se relacionar a saúde mental.
- Declínio cognitivo e demência: Há evidências de que o isolamento social pode acelerar o declínio cognitivo e aumentar o risco de demência. A falta de interação reduz a estimulação mental, prejudicando funções como memória, atenção e raciocínio.
- Suicídio e ideação suicida: O isolamento, especialmente quando acompanhado por depressão, luto ou perda de papéis sociais, pode contribuir para o aumento de ideação suicida entre idosos.
O impacto do isolamento não atinge apenas a mente, ele também afeta diretamente o corpo.
Efeitos sobre a saúde física:
- Maior risco de doenças cardiovasculares e mortalidade precoce: o isolamento social é um preditor de mortalidade comparável a fatores como tabagismo ou obesidade.
- Sistema imunológico enfraquecido: a solidão e o estresse crônico gerados pelo isolamento podem afetar negativamente a resposta imunológica, tornando o idoso mais suscetível a infecções e outras doenças.
- Fragilidade física, quedas e incapacidade funcional: com menos estímulos para se movimentar e sair, os idosos isolados tendem a ser menos ativos fisicamente, o que pode levar à perda de massa muscular, piora do equilíbrio e maior risco de quedas.
Alguns elementos tornam o isolamento mais provável ou mais prejudicial com o decorrer da idade:
- Perda de mobilidade ou limitações físicas: Dificuldade para andar, perda de visão ou audição.
- Mudanças de moradia ou vida social: Como aposentadoria, morte de cônjuges ou amigos, ou mudança para uma instituição de longa permanência.
- Redes de apoio frágeis: Ausência de amigos próximos, familiares distantes ou pouco engajamento comunitário.
- Contextos de vulnerabilidade socioeconômica ou de saúde: Incluindo doenças crônicas, hospitalizações frequentes ou falta de acesso a cuidados de saúde.
Quais estratégias que ajudam a reduzir o isolamento e seus impactos:
- Fortalecer os vínculos sociais: incentivar a convivência com família, amigos, grupos de convivência, igrejas, clubes ou projetos de voluntariado.
- Promoção de atividades físicas e cognitivas: exercícios regulares, jogos, leitura, artes e outras práticas que estimulem a mente e o corpo trazem benefícios tanto para a saúde mental quanto para a socialidade.
- Uso de tecnologia para comunicação: videochamadas, redes sociais e outros meios de contato remoto podem ajudar, principalmente quando sair de casa é difícil.
- Apoio psicológico e programas de acompanhamento: serviços de saúde mental, visitas domiciliares e grupos de escuta podem garantir que o idoso não carregue seu sofrimento sozinho.
Um ponto central é a escuta. Muitos idosos deixam de compartilhar suas dores por medo de incomodar ou de parecerem “fracos”. É preciso abrir espaços de diálogo, validar sentimentos e acolher fragilidades. Frases como “isso é frescura” ou “é normal da idade” só reforçam o estigma e afastam a chance de ajuda real.
O fortalecimento de vínculos familiares, a participação em grupos comunitários, atividades culturais, religiosas ou de voluntariado funcionam como potentes fatores de proteção.
O estímulo a práticas físicas regulares, alimentação saudável e acompanhamento médico contínuo também contribuem para manter corpo e mente em equilíbrio.
O recado do Setembro Amarelo é claro: não se pode perder o sentido da vida, em nenhuma idade. O envelhecer não deve ser marcada pelo silêncio da dor, mas pelo direito de viver com dignidade emocional.
Ao invés de reduzir sinais de sofrimento a “coisas da idade”, é urgente enxergar as necessidades, desejos e potencial de felicidade. Falar sobre isso salva vidas. Escutar e acolher pode ser o primeiro passo para devolver a alguém o desejo de continuar a viver.
Cada idoso que sofre em silêncio é alguém que precisa ser resgatado do isolamento emocional.
MÉDICO CREDENCIADO UNIMED
Atlanta Offices
Av: Champagnat, 863 – Sala 206. Bairro São Domingos.
Dr. José Otávio Júnior
INSTAGRAM: @drjoseoctaviojr
Crm /MG 63533 CRM/SP 204552 Rqe 60.494
Graduação em Medicina pela Universidade de Vassouras – RJ
Especialização em Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Federal de Pernambuco.
Especialização em Geriatria e Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas ( PUC-CAMPINAS)
Pós graduado em Gerontologia pelo Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo-SP .
Pós graduado em Envelhecimento Saudável pela Faculdades BWS.
Membro da Sociedade Brasileira de Medicina de família e comunidade.
Membro da sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
Quero ajudar você, no seu processo de envelhecimento.
Atuando de forma preventiva ou já nos cuidados específicos para o público 60+.
Minha missão é proporcionar saúde, bem-estar, longevidade preservando sua autonomia e sua independência.






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