A INTRODUÇÃO ALIMENTAR DO BEBÊ
Muito se fala sobre o momento ideal do início da alimentação complementar do bebê. Após extensos debates, a Sociedade Brasileira de Pediatria manifestou-se sugerindo que, preferencialmente, esta introdução seja feita aos seis meses de idade, tanto para lactentes em aleitamento materno quanto para os que utilizam fórmulas infantis e enfatizando a necessidade de individualização de cada caso.
A avaliação do pediatra é de fundamental importância nesta fase, a fim de determinar o momento ideal, considerando o desenvolvimento neuropsicomotor, a capacidade de sentar sem apoio, o sustentar da cabeça, do tronco e do sensório motor-oral, como o desaparecimento do reflexo de protusão e do aparecimento dos movimentos voluntários e independentes da língua, os quais farão com que o alimento role na boca e seja mastigado.
Entender os sinais de maturidade do bebê para introdução dos novos alimentos é fundamental para o sucesso da introdução alimentar do bebê.
No momento da introdução alimentar, o lactente pode receber os alimentos amassados oferecidos na colher, deve experimentar com as mãos e explorar as diferentes texturas dos alimentos como parte natural de seu aprendizado sensório motor. Deve-se estimular a interação com a comida, evoluindo de acordo com seu tempo de desenvolvimento.
Além das recomendações publicadas oficialmente por comitês profissionais, há outras abordagens sendo difundidas pela internet como, por exemplo, o Baby-Led Weaning (BLW) que significa: o desmame guiado pelo bebê, e o Baby-Led Introduction to Solids (BLISS), que significa: introdução aos sólidos guiada pelo bebê; abordagens essas que sempre devem ser discutidas com o pediatra.
A aquisição de hábitos alimentares saudáveis e o início da alimentação complementar adequada do bebê são determinantes para a saúde atual e a longo prazo da criança.
O sal, além de aumentar o risco de hipertensão arterial no futuro, modula a percepção das papilas gustativas, com isso, as crianças desenvolvem preferências alimentares por alimentos ricos nesse produto, portanto, não é necessário até 1 ano de vida.
A adição de açúcar, além de seu alto teor glicêmico e energético, estimula o paladar mais receptivo ao sabor doce, com interferências nas opções alimentares futuras e riscos advindos do seu consumo inapropriado e excessivo. Desta forma, não há indicação de açúcar simples antes do segundo ano de vida, e, após esta idade, o consumo deve ser esporádico e não rotineiro. Lembre-se: doce não é sinal de afeto.
Dra. Letícia Schmidt Niederauer Torres
CRM 55630
Pediatra
Pós Graduação em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia
Pós Graduação em Nutrição Pediátrica pelo PGPN (Post Graduate Program in Pediatric Nutrition) Boston University School of Medicine)
Clínica Torres Niederauer
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