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Infecções Urinárias na Infância e na Vida Adulta

Dra Liliana Braga Fonseca Moreira Nefrologista Pediátrica e Pediatra

 

Infecções Urinárias na Infância e na Vida Adulta:

Um Olhar da Nefrologia Pediátrica

As infecções urinárias são problemas comuns tanto na infância quanto na vida adulta, mas a forma como se manifestam e são tratadas pode variar significativamente entre essas fases da vida.

Infecções Urinárias na Infância

As infecções do trato urinário (ITUs) são uma das infecções bacterianas mais frequentes em crianças. Elas podem ocorrer em qualquer idade, mas são mais comuns em crianças pequenas, especialmente nas meninas. Na infância, as ITUs podem ser um sinal de anomalias anatômicas do trato urinário, como o refluxo vesicoureteral, que precisa ser investigado.”

Principais Causas na Infância:

– Refluxo vesicoureteral (RVU): Uma condição em que a urina flui de volta da bexiga para os rins. Essa anomalia pode causar infecções recorrentes e danos renais.

– Má higiene: Principalmente em crianças que ainda estão em fase de aprendizado sobre cuidados pessoais.

– Constipação: Pode pressionar a bexiga e uretra, dificultando a eliminação completa da urina e favorecendo a proliferação bacteriana.

-Disfunção do trato urinário: Problemas como bexiga neurogênica ou anomalias congênitas.

Exames Diagnósticos na Infância:

– Urocultura: É o exame padrão-ouro para confirmar a infecção urinária. Coletada de forma estéril, ela identifica a bactéria causadora e sua sensibilidade a antibióticos.

– Ultrassonografia renal : Utilizada para avaliar a anatomia do trato urinário e detectar anomalias estruturais.

– Uretrocistografia miccional (UCM): Um exame radiológico que mostra o fluxo de urina e pode identificar refluxo vesicoureteral.

– Cintilografia renal com DMSA: Avalia a presença de cicatrizes renais causadas por infecções urinárias recorrentes.

Tratamento Medicamentoso e Não Medicamentoso na Infância:

Tratamento Medicamentoso:

– Antibióticos: O tratamento inicial geralmente envolve antibióticos, escolhidos com base na urocultura e na sensibilidade do patógeno. Para infecções não complicadas, a amoxicilina com clavulanato, cefalosporinas de segunda ou terceira geração são comumente usadas. Para ITUs complicadas, podem ser necessários antibióticos intravenosos.

– Profilaxia antibiótica: Em casos de ITUs recorrentes ou refluxo vesicoureteral, pode ser indicada a profilaxia com doses baixas de antibióticos para prevenir novas infecções.

Tratamento Não Medicamentoso:

– Mudanças de hábitos de vida: Incentivar a criança a beber bastante água, evitar segurar a urina por longos períodos e ensinar técnicas adequadas de higiene, especialmente após evacuações.

– Tratamento da constipação:Inclui o aumento da ingestão de agua e fibras na dieta e o uso de laxantes, se necessário, para evitar a pressão sobre a bexiga.

– Treinamento vesical: Ensinar a criança a urinar regularmente e completamente, sem pressa.

Infecções Urinárias em Adultos

Em contraste, as ITUs em adultos, embora ainda comuns, têm características diferentes. Nos adultos, as ITUs são frequentemente causadas por fatores comportamentais e anatômicos, como relações sexuais, uso de certos tipos de contraceptivos e menopausa nas mulheres.

Principais Causas em Adultos:

– Atividade sexual: Especialmente em mulheres, a atividade sexual pode introduzir bactérias na uretra.

– Menopausa: A redução dos níveis de estrogênio pode causar alterações na flora vaginal, aumentando o risco de infecções.

– Contraceptivos: O uso de diafragmas e espermicidas pode alterar a flora vaginal e predispor a infecções.

– Prostatite: Nos homens, a inflamação da próstata pode levar a infecções urinárias.

– Doenças crônicas: Condições como diabetes aumentam o risco de infecções devido à imunossupressão e alteração do ambiente urinário.

Exames Diagnósticos em Adultos:

– Urocultura: Assim como em crianças, é essencial para confirmar a infecção e determinar o tratamento adequado.

– Ultrassonografia: Utilizada para avaliar a presença de obstruções ou outras anomalias no trato urinário.

– Exame de urina (EAS): Detecta a presença de leucócitos, nitritos e outras substâncias indicativas de infecção.

– Cistoscopia: Em casos recorrentes ou complicados, permite a visualização direta da bexiga e uretra para identificar anomalias.

– Tomografia Computadorizada (TC): Em casos mais complexos, pode ser usada para detectar obstruções, pedras nos rins ou outras anomalias.

Tratamento Medicamentoso e Não Medicamentoso em Adultos:

Tratamento Medicamentoso:

– Antibióticos: Para infecções não complicadas, antibióticos como nitrofurantoína, fosfomicina ou trimetoprim-sulfametoxazol são frequentemente prescritos. Para ITUs complicadas ou com fatores de risco, fluoroquinolonas ou cefalosporinas podem ser usadas.

– Profilaxia antibiótica: Para mulheres com ITUs recorrentes, a profilaxia com baixas doses de antibióticos pode ser indicada.

Tratamento Não Medicamentoso:

– Mudanças de hábitos de vida: Ingerir bastante água, urinar após a relação sexual, evitar produtos irritantes e práticas de higiene adequadas.

– Controle de doenças crônicas: Gerenciamento adequado de diabetes e outras condições que podem predispor a ITUs.

– Estilo de vida saudável: Manter uma dieta equilibrada, exercício regular e evitar substâncias que possam irritar a bexiga, como cafeína e álcool.

 

 

Dra Liliana Braga Fonseca Moreira

Nefrologista Pediátrica e Pediatra

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