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Excesso de peso acende alerta para câncer!

Dr. Daniel Marcus Gonzaga Quites CRM-MG 42854

 

 

Relação entre câncer e obesidade acende alerta para controle urgente do excesso de peso. Um estudo recente, publicado pela revista Nature Communications comprovou o que médicos já sabiam: indivíduos obesos ou acima do peso têm maior probabilidade de desenvolver mais de 13 tipos de câncer diferentes, entre eles, câncer de esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama – especialmente mulheres na pós-menopausa-, ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo.

 

excesso de peso

 

A pesquisa afirma que a causa de alguns tipos de cânceres relacionados à obesidade seria a adaptação da célula ao ácido palmítico, derivado da gordura. Esta adaptação produz alterações nas células-tronco que, em vez de originarem tecidos saudáveis, tornam-se carcinogênicas. O estudo, realizado pela Universidade de Bergen, na Noruega, foi realizado com coleta celular de tumores de mama de 223 pacientes.

“À medida que se aumenta a gordura corporal, vemos uma predominância de substâncias inflamatórias e estas se relacionam com a resistência à insulina. A perda de peso está associada à redução das substâncias pró-inflamatórias e aumento das substâncias anti-inflamatórias”, explica.

Além disso, pacientes obesos têm maior resistência à insulina, fazendo com que o corpo produza uma maior quantidade do hormônio, ativando mecanismos que promovem a duplicação celular, o que pode levar ao desencadeamento de tumores.

Caso real

A dona de casa Marli Rodrigues Borges, de 47 anos, descobriu o câncer de mama pouco tempo após iniciar o tratamento para a redução do excesso de peso, quando estava com 97 quilos e um IMC de 30, que caracteriza obesidade. “Fiz a mamografia em fevereiro de 2019, apareceu uma calcificação e a biópsia apresentou uma lesão benigna. Continuei a ter sintomas como mamas inchadas e sangramento menstrual, mesmo sem ter útero; repeti os exames e tive o diagnóstico do câncer”, afirmou.

 

 

 

Marli realizou a cirurgia de mastectomia total para a retirada do tumor e, hoje, está bem; segue com o tratamento de hormonioterapia. “O meu ginecologista sempre falava que a obesidade é um dos itens que pode levar ao câncer, os exames apontaram que o meu tumor não foi causado por alterações hormonais”.

A gêmea de Marli, enfermeira Marlene Neres Santiago, também recebeu o diagnóstico da doença na mesma época da irmã.

Nils Halberg, da Universidade de Bergen, na Noruega, um dos autores do estudo, garante que “Essa nova compreensão poderá levar ao surgimento de tratamentos melhores e específicos para pacientes obesos com câncer.”

Critérios para indicação da cirurgia bariátrica

A cirurgia bariátrica tem se mostrado uma ferramenta eficaz no tratamento de obesidade em pacientes com IMC acima de 35 ou doenças como diabetes tipo 2 sem controle com medicamentos. No Brasil, a cirurgia bariátrica pode ser indicada quando os pacientes atendem a critérios de peso, idade e/ou doenças associadas. Estão aptos os pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 kg/m², independentemente da presença de comorbidades; IMC entre 35 e 40 kg/m² na presença de comorbidades; IMC entre 30 e 35 kg/m² na presença de comorbidades que tenham obrigatoriamente a classificação “grave” por um médico especialista na respectiva área da doença.

Adultos jovens, com idades a partir dos 30 anos até 60 anos, quando estão com 10 a 20 kg acima do seu peso ideal, já entram numa faixa de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2 e doenças do coração.

Obesidade e o excesso de peso cresce no Brasil

A última pesquisa do Vigitel, sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis, do Ministério da Saúde, informa que, entre 2006 e 2019, a obesidade cresceu 72% no Brasil, e hoje já é considerada um problema de saúde pública.

Com a pandemia da COVID-19 os números aumentaram, comprovando a transição alimentar em curso no país.  A recente pesquisa Diet & Health Under COVID-19, que entrevistou 22 mil pessoas de 30 países, identificou que foram os brasileiros os que mais ganharam peso durante a pandemia. Aqui, cerca de 52% dos entrevistados declararam ter engordado. A média global é de apenas 31%. Ainda segundo a pesquisa, os brasileiros ganharam, em média, cerca de 6,5 quilos neste período.

 

 

excesso de peso
Dr. Daniel Marcus Gonzaga Quites CRM-MG 42854

 

Dr. Daniel Marcus Gonzaga Quites

CRM-MG 42854

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

Cirurgia do Aparelho Digestório e Bariátrica Vídeolaparoscopicas

 

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Dr. Paulo Sérgio Hansen Martins CRM-MG 56435

 

Dr. Paulo Sérgio Hansen Martins

CRM-MG 56435

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Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

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