Epilepsia: entenda, reconheça e viva sem medo
O que é epilepsia?
A epilepsia é caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas, que se repetem a intervalos variáveis. A crise epiléptica é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local ou espalhar-se.
É mais comum do que se imagina: cerca de 1 a 2 em cada 100 pessoas têm epilepsia. A boa notícia é que, com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes pode levar uma vida normal, ativa e saudável.

Médica Neurologista
CRM-MG: 58887 RQE: 38595
O que acontece durante uma crise?
As crises epilépticas ocorrem por uma descarga elétrica anormal no cérebro. Isso pode levar a:
- Convulsões: movimentos involuntários, rigidez muscular, perda da consciência.
- Ausências: a pessoa “desliga” por alguns segundos, parecendo distraída.
- Sensações estranhas: como cheiro inexistente, confusão repentina ou movimentos descontrolados de uma parte do corpo.
- Nem toda crise é igual. Algumas duram poucos segundos, outras alguns minutos. Por isso, é essencial observar e descrever bem os episódios para o médico.
O que causa a epilepsia?
Há várias causas possíveis, incluindo:
- Lesões cerebrais (por trauma, AVC, infecção).
- Alterações genéticas.
- Tumores ou malformações. Em muitos casos, não se encontra uma causa específica — e isso não significa que o tratamento será menos eficaz.
Como é feito o diagnóstico?
- O neurologista avalia a história clínica e pode pedir exames como:
- Eletroencefalograma (EEG) – que registra a atividade elétrica cerebral.
- Ressonância magnética – para investigar possíveis alterações no cérebro.
- O diagnóstico correto é essencial para escolher o melhor tratamento.
A epilepsia tem tratamento?
Sim! O tratamento é feito com medicamentos anticonvulsivantes, que controlam as crises em cerca de 70% dos casos. Em alguns casos específicos, pode-se considerar outras abordagens, como cirurgia, por exemplo. É fundamental tomar a medicação corretamente, não interromper o uso sem orientação
médica e fazer o acompanhamento regular com o neurologista.
Dicas para conviver bem com a epilepsia
- Evite fatores que podem provocar crises: noites mal dormidas, estresse excessivo,
- jejum prolongado ou consumo de álcool.
- Informe amigos e familiares sobre o que fazer em caso de crise.
- Não dirija sem liberação médica.
- Pratique atividades físicas com segurança, respeitando suas limitações e sempre com orientação.
Como agir diante de uma crise?
- Mantenha a calma.
- Deite a pessoa de lado, para evitar que ela engasgue.
- Proteja a cabeça com algo macio.
- Não coloque nada na boca.
- Se a crise durar mais de 5 minutos, for a primeira crise da vida da pessoa, estiver associada a ferimentos ou a pessoa apresentar dificuldade para respirar, chame ajuda médica (SAMU – 192).
Uma vida possível, com autonomia e dignidade
Ter epilepsia não significa perder a liberdade ou viver com medo. Com informação, tratamento e acolhimento, é possível estudar, trabalhar, praticar esportes e ter uma vida normal.
Se você ou alguém próximo tem epilepsia, saiba que não está sozinho. Converse com seu médico, tire dúvidas e compartilhe informações seguras. O conhecimento é um dos melhores remédios contra o preconceito.
Mais informações:
Dra. Caíssa Bezerra da Andrade
Médica Neurologista
CRM-MG: 58887 RQE: 38595
Whats App: (35) 9 9942-4000
Instagram: @caissa.neurologista
Site: www.dracaissaneurologia.com
Clínica DC
Av. Gentil Messias Kitate 240, sala 122. Edifício Unique.
Vila Cruz – Poços de Caldas
FORMAÇÃO MÉDICA
– Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Estágio em Neurologia pela Universidade de Florença, Itália.
– Residência Médica em Neurologia no Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora (UFJF), com complementação na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
– Especialização em Neurologia Cognitiva e Comportamental, e em Distúrbios do Movimento no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
– Mestrado em Neurociências na UFMG, integrando a equipe de Neurologia Cognitiva do Hospital das Clínicas da UFMG.
Atualmente, é professora de Semiologia Neurológica na PUC-MG e atende em sua clínica em Poços de Caldas.
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