NUTRIÇÃO CLÍNICA NA GASTROENTEROLOGIA
A Importância da Nutrição nas Doenças Gastrointestinais
As doenças gastrointestinais (DGI) afetam milhões de pessoas em todo o mundo, impactando significativamente sua qualidade de vida. Desde condições mais comuns como a Síndrome do Intestino Irritável (SII) e a Doença de Refluxo Gastroesofágico (DRGE) até enfermidades inflamatórias mais sérias como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, o sistema digestório desempenha um papel central em nossa saúde geral. E nesse cenário, a nutrição emerge como um pilar fundamental tanto na prevenção quanto no manejo dessas condições.
É um equívoco comum pensar que a alimentação é apenas um fator secundário nas DGI. Na verdade, o que comemos pode ser um gatilho para sintomas, um modulador da inflamação e até mesmo uma ferramenta terapêutica poderosa. Uma dieta inadequada pode agravar inflamações, desequilibrar a microbiota intestinal e comprometer a integridade da barreira intestinal, pavimentando o caminho para o desenvolvimento ou a exacerbação de diversas doenças.
O Papel da Alimentação no Manejo das DGI
Para muitos pacientes com DGI, a intervenção dietética é uma das primeiras e mais eficazes abordagens. No caso da Síndrome do Intestino Irritável (SII), por exemplo, dietas com baixo teor de FODMAPs (Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis Fermentáveis) têm se mostrado altamente eficazes na redução de inchaço, dor e alterações no ritmo intestinal. Isso ocorre porque esses carboidratos são mal absorvidos e fermentados por bactérias no intestino, causando os sintomas característicos.
Já nas Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, a nutrição vai além do alívio sintomático. Dietas específicas podem ajudar a reduzir a inflamação, promover a cicatrização da mucosa intestinal e prevenir deficiências nutricionais – um risco comum devido à má absorção. Em períodos de surto, dietas com baixo teor de resíduos pode ser indicadas para diminuir o trabalho intestinal, enquanto em remissão, a ênfase é na manutenção da saúde e prevenção de recaídas.
Microbiota Intestinal: O Eixo Central
A ciência tem cada vez mais evidenciado a relação íntima entre a microbiota intestinal (o conjunto de microrganismos que habitam nosso intestino) e a saúde digestória. Uma microbiota desequilibrada, conhecida como disbiose, está associada a diversas DGI. A nutrição desempenha um papel crucial na modulação dessa microbiota. Alimentos ricos em fibras prebióticas, por exemplo, nutrem as bactérias benéficas, enquanto probióticos (encontrados em alimentos fermentados ou suplementos) podem introduzir microrganismos favoráveis ao intestino.
Nutrição Personalizada: O Caminho para o Bem-Estar
Não existe uma “dieta mágica” que sirva para todos com DGI. A abordagem nutricional deve ser altamente personalizada, levando em consideração o tipo específico de doença, a gravidade dos sintomas, as tolerâncias individuais e as deficiências nutricionais. É por isso que a orientação de um nutricionista especializado é indispensável. Esse profissional pode guiar o paciente na identificação de alimentos gatilho, na formulação de um plano alimentar adequado e na suplementação, se necessária.
Mais informações:
LM Nutrição e Psicologia
Rua Piauí , 95 sala 11
35 99127-0415 (WhatsApp)
Luciana Monteiro
CRN9 – MG 27107 /CRN3 – SP 21084
NUTRICIONISTA
Graduação em Nutrição pela Puc Campinas
Pós-graduada em Nutrição no Esporte – Hi Nutrition
Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional – Faculdade Vp
Pós-graduada em Nutrição Clínica na Gastroenterologia – Faculdade VP
Curso de Modulação Intestinal
Curso de Exames Laboratoriais
Curso de Nutrição em Doenças Autoimunes
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