DOR DE CABEÇA: COMPREENDENDO A ENXAQUECA
As cefaleias ou dores de cabeça são um dos problemas de saúde mais comuns que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. Entre os diferentes tipos de cefaleia, a enxaqueca é uma das mais debilitantes, caracterizada por dores de cabeça intensas e recorrentes, que podem interferir significativamente na qualidade de vida.
O QUE É A ENXAQUECA?
Enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça. É uma doença crônica incapacitante com uma fisiopatologia complexa que afeta cerca de 30 milhões de brasileiros. A enxaqueca é classicamente dividida em 4 fases: 1a – premonitória (pródromos); 2a fase – aura; 3a fase – dor de cabeça (cefaleia) e 4a fase – resolução (pósdromo). Algumas pessoas que sofrem com enxaqueca não manifestam todas estas fases ou, pelo menos, não percebem que as têm.
FASES DA ENXAQUECA 1a Fase – Premonitória (Pródromo)
Esta é a fase que inicia a crise. É composta por sintomas como fadiga, bocejos, dificuldade de concentração, irritabilidade, tristeza, vontade de comer alimentos doces. Esses sintomas podem ocorrer até 72 horas antes da dor de cabeça na enxaqueca.
2a Fase – Aura
A aura é definida como manifestações neurológicas bem localizadas, graduais, que podem iniciar antes ou junto com a dor de cabeça e possui duração de 5 a 60 minutos.
3a Fase – Dor de Cabeça (Cefaleia)
A fase da dor de cabeça é aquela que mais incomoda e que leva a pessoa à procura do médico para tratamento. A dor de cabeça geralmente ocorre de apenas um lado, é latejante de moderada a forte intensidade e pode durar de 4 até 72 horas. Durante a dor a pessoa pode apresentar sensibilidade aumentada à luz e ao som, náuseas e vômitos e tem dificuldade de fazer atividades físicas. A pessoa prefere ficar deitada em um quarto escuro e silencioso até a dor melhorar.
4a Fase – Resolução (Pósdromo)
A última fase possui manifestações semelhantes àquelas da primeira fase. Normalmente a pessoa refere essa fase como uma “ressaca” e se queixa de sensação
intensa de fadiga, sonolência, dificuldade de concentração ou até uma dor em toda a cabeça leve e residual, podendo durar até 48 horas.
GATILHOS COMUNS DA ENXAQUECA
Diversos fatores podem desencadear uma crise de enxaqueca, e é importante entender que eles variam muito de pessoa para pessoa. Por isso, eu sempre indico a realização de um diário de cefaleia para que o paciente possa entender melhor sua dor e os fatores que a desencadeiam. Alguns desses gatilhos mais comuns incluem:
- Estresse: Um dos principais fatores que pode agravar ou iniciar uma crise de enxaqueca.
- Alterações hormonais: Mulheres são mais propensas a ter enxaquecas devido a flutuações hormonais. Inclusive é comum que as crises comecem na adolescência coincidindo com a primeira menstruação.
- Alimentos e bebidas: Certos alimentos, como chocolate, queijos curados, café e bebidas alcoólicas (principalmente o vinho tinto), podem desencadear enxaquecas em muitas pessoas.
- Falta ou excesso de sono: Mudanças nos padrões de sono, como dormir demais ou dormir pouco, podem ser um gatilho.
- Exposição à luz intensa ou a cheiros fortes: Ambientes muito iluminados ou odores intensos, como perfumes e fumaça, podem ser irritantes.
- Mudanças no clima: Alterações nas condições climáticas, como dias muito quentes ou muito frios também podem ser gatilhos comuns.
Dra. Caíssa Bezerra da Andrade TRATAMENTO
Além dos tratamentos medicamentosos, que são muitas vezes utilizados para prevenir as crises ou para aliviar os sintomas durante uma crise, existem diversas abordagens não farmacológicas que podem ajudar a prevenir e a reduzir a frequência das crises de enxaqueca. Entre essas opções, destacam-se a prática regular de atividade física, pelo menos 150 minutos de atividade física aeróbica por semana, terapia cognitivo comportamental e o uso de nutracêuticos como a coenzima Q10, por exemplo.
A enxaqueca é uma condição que pode ser muito debilitante, mas com o manejo adequado e o conhecimento dos gatilhos é possível reduzir sua frequência e intensidade.
O tratamento não medicamentoso pode ser uma excelente forma de complementar o tratamento médico, promovendo o bem-estar e a qualidade de vida. Se você sofre de enxaqueca, procure um médico para indicar as melhores opções de tratamento para o seu caso, e considere integrar hábitos saudáveis ao seu dia a dia para minimizar os impactos dessa condição.
Mais informações:
Dra. Caíssa Bezerra da Andrade
Médica Neurologista
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