Doença de Alzheimer: Como Identificar os Sintomas e Melhorar a Qualidade de Vida
O dia 21 de setembro é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, uma data importante para aumentar a conscientização sobre essa condição que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. A Doença de Alzheimer é uma forma de demência neurodegenerativa progressiva que afeta principalmente pessoas com mais de 65 anos, prejudicando a memória, a linguagem e a percepção do mundo, além de causar alterações no comportamento, na personalidade e no humor.
Com o aumento da longevidade, o número de idosos vivendo com demência está crescendo. Em 2015, cerca de 48,6 milhões de pessoas no mundo viviam com demência. Esse número deve quase dobrar, chegando a 74,5 milhões em 2030 e a 131,5 milhões em 2050. No Brasil, aproximadamente 1,2 milhão de pessoas vivem com demência, e 100 mil novos casos são diagnosticados a cada ano.
Embora a Doença de Alzheimer seja a principal causa de demência, existem outras condições que também podem levar a sintomas similares. Algumas dessas causas são reversíveis, como problemas na tireoide, deficiências vitamínicas (especialmente vitamina B12), efeitos colaterais de medicamentos e infecções no sistema nervoso.
Os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer podem incluir:
- ● Perda de memória, sobretudo para fatos recentes, que afeta as atividades diárias
- ● Dificuldade em planejar ou resolver problemas
- ● Dificuldade para executar tarefas familiares
- ● Desorientação no tempo ou no espaço
- ● Dificuldades visuo-espaciais
- ● Problemas na comunicação oral ou escrita
- ● Perda de objetos e dificuldade para encontrá-los
- ● Prejuízo no julgamento
- ● Dificuldades em manter-se atualizado e convívio social
- ● Alterações de humor e personalidade
O diagnóstico de demência não afeta apenas o paciente, mas também os familiares, amigos e cuidadores. Como neurologista e alguém que conviveu de perto com a doença de Alzheimer, posso compartilhar algumas dicas úteis para quem convive ou cuida de alguém com essa condição:
- Use um tom de voz calmo e converse de forma clara e objetiva.
- Explique suas ações e procedimentos de maneira simples.
- Estabeleça uma rotina diária para proporcionar segurança.
- Mantenha calendários e relógios visíveis em casa.
- Seja paciente com perguntas e comportamentos repetitivos.
- Incentive a continuidade de atividades que o paciente gostava, com supervisão e
segurança.
- Utilize músicas relaxantes que o paciente reconheça para trazer conforto.
- Dê pequenas tarefas que o paciente possa realizar com sucesso.
- Mantenha as portas de casa trancadas para segurança.
10.Evite que o paciente durma durante o dia e mantenha uma rotina de sono
consistente.
11. É comum uma mudança comportamental no início da noite chamada síndrome do pôr do sol, é importante você dar mais atenção nesse momento. Caso o paciente fique agitado, tente distraí-lo ou mesmo dê uma volta com ele para tirá-lo daquele ambiente de agitação.
Essas estratégias podem ajudar a melhorar a qualidade de vida tanto do paciente quanto dos cuidadores. O diagnóstico de Doença de Alzheimer pode ser desafiador e assustador, mas contar com uma equipe de profissionais especializados, como neurologistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, é fundamental para fornecer o melhor cuidado possível.
Se você ou alguém que você conhece apresenta sintomas da Doença de Alzheimer, não ignore os sinais. Consulte um médico para uma avaliação e para explorar tratamentos que possam aliviar os sintomas e ajudar a manter a independência por mais tempo.
Mais informações:
Dra. Caíssa Bezerra da Andrade
Médica Neurologista
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Instagram: @caissa.neurologista
Site: www.dracaissaneurologia.com
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