O que é ?
A tendinite ou tendinopatia calcárea do ombro é uma condição em que pequenos fragmentos de cálcio são depositados no interior dos tendões do manguito rotador, sendo mais comum no tendão supraespinal. É mais frequente em mulheres acima de 40 anos e geralmente acomete apenas um lado, porém em até 10% dos casos pode estar presente em ambos ombros.
Por que a tendinite calcárea acontece?
Não se sabe a causa ou o que desencadeia a formação e depósito de cálcio nos tendões, sendo assim a sua etiologia desconhecida. Além disso, a tendinite calcárea não está associada a níveis aumentados de cálcio no sangue, uso de medicações ou tipo de atividade que o paciente exerce.
Quais os seus sintomas?
Na maioria dos casos a tendinite calcárea não apresenta sintomas. Contudo, ela é dividida em três fases e é justamente na fase em que o depósito de cálcio é reabsorvido que o paciente apresenta uma dor geralmente muito intensa e, consequentemente, é quando acaba procurando por atendimento médico.
Fase de pré-calcificação: nessa fase ocorre uma alteração nas fibras de colágeno que compõem o tendão do manguito rotador e costuma ser assintomática.
fase de calcificação: nessa fase ocorre a formação do depósito de cálcio, podendo esse depósito permanecer em repouso por muito tempo (meses ou até mesmo anos) ou ser reabsorvido. Quando o depósito de cálcio é reabsorvido o paciente costuma apresentar uma dor súbita e muito intensa, podendo sentir o ombro mais quente e até mesmo inchado, além de ter muita dificuldade de movimentar o ombro pela dor. Contudo, à medida que o depósito de cálcio vai sendo reabsorvido, a dor do paciente vai também diminuindo.
fase pós-calcificação: aos poucos da dor do paciente vai diminuindo e nessa fase o tendão é reconstituído.
Ou seja, apesar de ser uma tendinite extremamente dolorosa, ela é uma condição auto limitada, ou seja, ela tem começo, meio e fim, porém o seu tempo de duração varia de meses a anos.
Como é o tratamento da tendinite calcárea?
O seu tratamento varia de acordo com a dor e com a fase da calcificação, sendo que na maioria das vezes o paciente acaba procurando atendimento médico na fase de maior dor (fase de reabsorção). Nesses casos, é indicado o uso de analgésicos potentes e anti-inflamatórios para confortar o paciente, além de fisioterapia.
Em casos crônicos nos quais o depósito de cálcio não é completamente reabsorvido e o paciente persiste com dor, podem ser indicadas outras terapias como:
Barbotagem: é uma técnica na qual uma agulha é introduzida no local do depósito de cálcio e então é feita uma lavagem dos cristais. Esse procedimento é feito guiado por ultrassom ou por escopia (RX) no centro cirúrgico sob sedação.
Terapia por ondas de choque: ondas acústicas são aplicadas no ombro para estimular a reabsorção do depósito de cálcio. Esse é um procedimento não cirúrgico e com resultados promissores.
Dr. Bruno Groppi – CRM-MG 53.037
Médico ortopedista e traumatologista – Especializado em cirurgia do Ombro e do Cotovelo.
Graduado em Medicina pela UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS – UFMG
Teve sua formação acadêmica e de pós-graduação na cidade de Belo Horizonte -MG.
Cursou a Residência de Ortopedia no Hospital Santa Casa de Belo Horizonte.
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia- SBOT
Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia- TEOT 13.728
Cursou a pós-graduação em Cirurgia do Ombro e Cotovelo no Hospital Madre Teresa em BH – Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo – SBCOC.
Atuou em BH no Hospital João XXIII (Traumatologia), BIOCOR, IPSEMG e MADRE TERESA.
Poços de Caldas – Rua Maranhão 221
Sala 04
Edifício Acrópolis
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