COMPORTAMENTO ALIMENTAR
O comportamento alimentar desempenha um papel crucial na existência humana, atendendo a duas funções primordiais: a nutrição, visando garantir a sobrevivência, e o prazer associado à alimentação. Desde tempos ancestrais, a busca por alimentos ricos em nutrientes tem sido essencial para manter o corpo humano saudável e funcional. A ingestão de nutrientes vitais, como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais, é crucial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção do organismo.
Além de satisfazer as necessidades fisiológicas, a alimentação também proporciona prazer mediante a liberação de neurotransmissores, como a serotonina e a dopamina. Essas substâncias químicas, associadas à sensação de bem-estar e felicidade, são liberadas (principalmente) durante e após a ingestão de alimentos saborosos e agradáveis ao paladar. Assim, o ato de se alimentar transcende a simples nutrição do corpo, transformando-se em uma experiência sensorial gratificante.
Apesar disso, quando o comportamento alimentar se desvia do equilíbrio saudável, surgem problemas relacionados ao chamado comer emocional. Neste contexto, as emoções do indivíduo se manifestam no padrão alimentar, levando-o a consumir alimentos em excesso como uma forma de lidar com sentimentos de ansiedade, tristeza, estresse ou até mesmo felicidade. O comer emocional muitas vezes resulta em uma alimentação descontrolada, na qual o indivíduo ingere quantidades excessivas de comida além das necessidades nutricionais. São nestes casos que o assunto alimentar deixa de ser com a nutricionista e passa a ser com um profissional da psicologia.
ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
A análise do comportamento é uma abordagem terapêutica baseada nos princípios da psicologia behaviorista, que se concentra na compreensão e modificação do comportamento humano através da observação e análise objetiva de suas interações com o ambiente. É uma ferramenta bastante eficaz no tratamento de pacientes que apresentam alterações importantes no comportamento alimentar.
Inicialmente, busco identificar situações antecedentes ao comportamento de comer transtornado, ou seja, quais são as situações que podem ser sido gatilho para este comportamento. Por exemplo, pode-se descobrir que um indivíduo come excessivamente em resposta ao estresse no trabalho (antecedente) e que, ao comer em excesso, experimenta uma sensação temporária de alívio ou prazer (consequência).
Ao identificar as situações-contexto, elaboro juntamente com o paciente estratégias especificas de intervenção, como por exemplo, treinamento de habilidades de enfrentamento para lidar com o estresse de forma mais funcional, aumentar as atividades que causam prazer além da alimentação e a implementação de estratégias de reforço positivo para promover comportamentos alimentares mais saudáveis.
O objetivo da Análise do Comportamento neste caso, é que o paciente desenvolva habilidades de autocontrole e autoconsciência, ajudando-o a identificar e monitorar seus próprios padrões de comportamento, reconhecendo os sinais de fome e saciedade, aprendendo a diferenciar entre fome física e fome emocional e desenvolvendo estratégias para lidar com desejos e impulsos alimentares.
Roberta Monteiro
CRP – MG – 04/39310
Doutora em Psicologia
Graduação em Psicologia pela PUC-Minas – Poços de Caldas
Mestrado em Psicobiologia pela Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP
Doutorado em Ciências pela Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP
Psicóloga na Faculdade de Medicina na PUC-Minas – Poços de Caldas
Mais informações:
LM Nutrição e Psicologia
Rua Piauí , 95 sala 11
35 99127-0415 (WhatsApp)
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