O que é Glaucoma?
O glaucoma é uma doença ocular caracterizada por atrofia progressiva do nervo óptico que leva a um dano irreversível das fibras nervosas e, consequentemente, perda de campo visual. Essa lesão pode ser causada por um aumento da pressão ocular ou uma alteração do fluxo sanguíneo na cabeça do nervo óptico. Da mesma forma que qualquer problema visual e suas soluções só devem ser confiadas ao médico oftalmologista.
O glaucoma é considerado como a principal causa de cegueira irreversível no mundo, e isso ocorre por ser um quadro que não apresenta sintomas em grande parte dos casos. A doença pode estar presente e a pessoa não percebe causando uma piora do quadro e progressivamente uma lesão irreversível do nervo que, por sua vez, afeta o campo de visão.
Segundo alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados 2,4 milhões de novos casos de glaucoma anualmente, o que totaliza 60 milhões de pessoas no mundo. Mas segundo a própria OMS, para cada pessoa diagnosticada existe outra sem nenhum tipo de diagnóstico. No Brasil não existem estatísticas confiáveis, além de muitas falhas no diagnóstico precoce.
O glaucoma pode ser dividido em: glaucomas primários de ângulo aberto (forma crônica) e de ângulo fechado (formas crônica e aguda); e glaucomas secundários.
No glaucoma de ângulo fechado (agudo) ocorre quando a saída do humor aquoso é subitamente bloqueada. Isso origina um aumento rápido, doloroso e grave na pressão intraocular. Casos de glaucoma agudo são emergenciais, bem diferentes do que ocorre com os tipos crônicos da doença, em que a pressão ocular desenvolve-se lenta e silenciosamente e, aos poucos, vai danificando a visão.
Glaucoma congênito
O glaucoma congênito é, como o próprio nome diz, o tipo em que a criança já nasce com a doença, que se desenvolveu já durante a gravidez. Este tipo de glaucoma, no entanto, é considerado raro e se descoberto, deve-se tratar imediatamente.
Glaucoma de ângulo aberto (crônico)
O glaucoma de ângulo aberto (crônico) é o tipo mais comum de glaucoma e tende a ser hereditário, mas sua causa é desconhecida. Nele, um aumento na pressão ocular desenvolve-se lentamente com o passar do tempo, e a pressão elevada causa um dano permanente no nervo óptico, causando perda do campo visual.
Glaucoma secundário
Por último, o glaucoma secundário costuma ser causado principalmente pelo uso de medicamentos, como corticosteroides, pelos traumas e por outras doenças oculares e sistêmicas.
Causas
Por razões que a medicina ainda não compreende totalmente, o aumento da pressão dentro do olho (pressão intraocular) é geralmente, mas nem sempre, associada à lesão do nervo óptico, que caracteriza o glaucoma. As pesquisas mais recentes suspeitam inclusive de haverem fatores autoimunes como causa da doença. Esta pressão acontece devido ao aumento de um líquido chamado de humor aquoso, que é produzido na parte anterior do olho ou por uma deficiência de sua drenagem através de seu canal.
A doença também pode acometer crianças, embora elas não manifestem nenhum tipo de sintoma. Crianças podem vir a apresentar glaucoma congênito de evolução tardia que acontece nos primeiros anos de vida ou glaucoma juvenil que surge geralmente aos quatro ou cinco anos de idade. Mesmo não havendo sintomas, as crianças podem sofrer danos no nervo óptico também.
Fatores de risco
Entre os principais fatores de risco estão diabetes, problemas cardíacos, hipertensão, hipertireoidismo, uso de corticoides e medicamentos que agem no sistema nervoso central, como antidepressivos, também podem levar à doença. Um estudo realizado pela Universidade de Michigan e publicado na revista americana Ophthalmology, faz um alerta quanto a relação de hipertensão e diabetes a um maior risco de glaucoma.
De acordo com os pesquisadores, o diagnóstico de diabetes tipo 2 aumenta o risco de glaucoma em 35%. E quando há hipertensão arterial a chance é maior em 17%. Mas, quando ambas condições estão presentes, a probabilidade de desenvolver glaucoma é de 48%. Vale lembrar que a relação das doenças com o glaucoma ainda está sendo estudada.
Tratamentos para Glaucoma
O tratamento é prioritariamente e em sua grande maioria pelo uso contínuo de um ou mais colírios. Existem também os tratamentos cirúrgicos, que são opção para não precisar usar colírios ou quando os tratamentos com colírios não são suficientes para controlar a doença.
MICS
Os MICS são implantes cirúrgicos de stents muito pequenos, de cerca 1 mm, colocados em locais específicos dentro dos olhos, através de cirurgias minimamente invasivas, rápidas e recuperação também muito rápida. E tem o propósito de diminuir ou eliminar o uso de colírios, em casos leves e moderados, de ângulos abertos.
Trabeculoplastia a laser
Na trabeculoplastia a laser é utilizada uma combinação de frequências de laser que permite o tratamento com pouca energia. Este procedimento trata células específicas danificadas, deixando outras porções intactas. Este método pode ser repetido para alcançar o resultado.
Iridotomia a laser
É destinada ao tratamento e prevenção de glaucoma ângulo fechado ou ângulos oclusíveis. Uma pequena abertura periférica é criada na íris para que o humor aquoso passe livremente da câmara posterior para a câmara anterior do olho, desta forma irá romper o bloqueio pupilar.
Trabeculectomia
Por último, a trabeculectomia tradicional é indicada para controlar o glaucoma em casos em que o tratamento clínico não surte o efeito desejado e quando os exames complementares demonstram que o quadro clínico continua piorando. O procedimento consiste em fazer uma fístula de drenagem de líquido do humor aquoso da câmara anterior do olho.
DR. Marcos Guilherme Silva
CRM –MG 42.131 – RQE 12783
Formado em medicina e especializado na USP de Ribeirão Preto
Especialista em oftalmologia, em residência médica reconhecida e credenciado pelo MEC, com sub-especialização em segmento anterior do olho (catarata, glaucoma, e doenças da córnea)
Especialista em oftalmologia pelo CBO – Conselho Brasileiro de Oftalmologia
Membro da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa
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